domingo, 10 de fevereiro de 2013

Os deuses devem estar loucos

A fotogravura que encabeça este artigo, foi retirada da última revista da Câmara Municipal de Matosinhos, de seu nome Matosinhos Solidário.
Quem vê e lê a referida revista fica com a convicção que a imagem é real.
Nada mais falso; o Hospital Pedro Hispano, inaugurado a 22 de Abril de 1997, tinha e continua a ter uma rampa com aproximadamente 100metros de comprimento em acentuado declive.
As reclamações têm anos, tantos quantos tem as promessas da Câmara.
Vai daí a Edilidade arranjou uma belíssima solução; como não cumpre, fez as alterações na gráfica onde imprime a referida revista.
O estranho é que não se refere que a imagem representa o futuro, ou o projecto que a Câmara preten-de executar.
Realmente acho que se perdeu a vergonha.
Por mais desculpas que deem, gralha esquecimento, etc, começa a parecer que o exemplo do RELVAS

está a fazer escola.

Ipaminondas da Silva

As Eleições AUTÁRQUICAS de Matosinhos



Criticar a pouca vergonha que grassa em Matosinhos, é das coisas mais difíceis de fazer, porque ultrapassa tudo o que se possa imaginar.
A corrida a uma Câmara, para lá de alimentar o ego, alimenta bem mais a carteira.
De tal modo os candidatos se distraem a fazer contas de cabeça á massaroca, que nem reparam na figura que fazem.
Tudo a bem das populações; dúvidas? Ninguém tem, só que provas também não se vislumbram.
Todos os candidatos confirmam o sacrifício a favor da coisa pública, mas colam-se á cadeira com cola tudo, fazendo da coisa pública a coisa deles.
São conhecidos por dinossauros; no tempo da outra senhora eram conhecidos por tachistas, ou gameleiros; deve ser culpa do novo acordo ortográfico, acho eu.

Matosinhenses, ganhem juízo.
Nenhum destes figurões apresenta diferenças ideológicas. São iguaizinhos.
Matosinhos merece melhor basta que os Matosinhenses queiram e proíbam golpes de rins, cambalhotas, vira-cús, muito comum nos vira-casacas.

OS TRÊS DA VIDA AIRADA



As eleições autárquicas, estão ainda longe, pois embora sejam este ano são só em Outubro.
No entanto os partidos que gostam mais de discutir nomes do que ideias, já mexem, direi mesmo já estrebucham.
Então aqui na nossa terra (Matosinhos), é um regalo vê-los colocar-se em bicos de pés, não vá ninguém reparar, que estão na fila dos tachos.
Campeão dos campeões, é o PS que este ano aparece na corrida á gamela com três putativos candidatos, a quem já chamam “os três da vida airada”.
Ou seja: o Cocó o Ranheta e o Facada.
Deixo á imaginação de cada um distribuir os respectivos nomes, porque todos eles ficam bem a qualquer um.
Assim sendo para melhor distinguirmos as figurinhas, vamos por antiguidades:
Narciso, que no dicionário de língua Portuguesa diz que é homem desvanecido de si próprio; mas também diz que é uma planta endémica, que mata tudo onde prolifera, porque impede a oxigenação da água.
Ora toma. E eu a julgar que a língua Portuguesa era muito traiçoeira. Pelo menos desta vez foi bem certeira.
Ainda procurei no dicionário se trazia algo sobre a Lota, mas o dicionário já é muito antigo.
Depois aparece o pinto, que como sabemos, é o que ainda não chegou a galo. Curioso é que no dicionário o significado de pinta diz ser pequena nódoa.
Por último vem o parada. Parada é pessoa que não anda nem desanda. Uma espécie de empata. Tipo nem faz nem deixa fazer.
Veja-se por ex. a dissertação que há dias o tal Parada fez numa reunião partidária.
Duma só vez, mandou ás urtigas o ensino obrigatório, ameaçando que os miúdos de 14 anos que chumbassem deviam ir trabalhar; ora toma. Para quem julgava o cro-magnon extinto, aqui tem um belo exemplar.
Com tamanho triunvirato, nem o Carneiro(não é insulto), nem o menino Tó Zé, aos quesitos dizem algo.
Assobiam para o lado, dando com o seu silêncio anuência a tão triste espetáculo.
Espero bem que com tais insigne(ficantes) figurinhas, os Matosinhenses, sejam capazes de por uma razão higiénica sanear das suas alternativas estas três figurinhas, que cá pelo Burgo têm sido uns verdadeiros figurões

>>>>>>>>>>>>>>>>A LOTA CONTINUA




Está consumada a ruptura entre o presidente da Câmara de Matosinhos e o PS. Guilherme Pinto enviou uma carta a Seguro, em que se desvincula do partido. O primeiro passo, assume, para uma candidatura independente.

Faltam oito meses para as eleições autárquicas, mas a campanha está ao rubro em Matosinhos. Ontem, Guilherme Pinto consumou o divórcio com o PS e assumiu que se prepara para lançar uma candidatura independente. Hoje, António Parada apresenta formalmente a sua candidatura pelo PS. Também hoje, o candidato do PSD, Pedro da Vinha Costa, promove a sua primeira acção de campanha. Finalmente, Narciso Miranda mantém-se discreto, mas não desinteressado: já encomendou uma sondagem e estará à espera que o resultado o ajude a tomar uma decisão sobre uma recandidatura como independente.

Na carta enviada a Seguro, o ainda autarca socialista não poupa ninguém. Nem o líder concelhio, António Parada, que classifica como um "arrogante" que levará Matosinhos ao "desastre"; nem o líder distrital, José Luís Carneiro, que só se preocupou em dialogar quando percebeu que as sondagens lhe eram pouco favoráveis; muito menos o líder nacional, António José Seguro, que nem "cinco minutos perdeu" com a Câmara mais importante do PS na Área Metropolitana do Porto e bastião socialista desde que existe Poder Local democrático.

Três homens, recorde-se, que derrotaram Guilherme Pinto, directa ou indirectamente, desde o fim do socratismo. O autarca de Matosinhos esteve com Francisco Assis, quando este perdeu para Seguro a liderança do PS; esteve em confronto directo, numa campanha dura, perdendo, para José Luís Carneiro, a liderança da distrital do Porto; e o seu número dois na Câmara, Nuno Oliveira, perdeu para António Parada as eleições para a concelhia.

Luta fratricida

Em Agosto do ano passado, a mais de um ano das eleições autárquicas, e quando tudo indicava que Guilherme Pinto seria o natural sucessor de si próprio, Parada deu o grito do Ipiranga: "O candidato à Câmara de Matosinhos sou eu". Os líderes distrital e nacional não souberam, ou não quiseram refrear as ambições do ainda presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos, e o desfecho será o de mais uma luta fratricida.

Como o próprio Guilherme Pinto salienta na carta a Seguro, em 2005 foi candidato depois de uma batalha sem quartel entre os socialistas Manuel Seabra e Narciso Miranda, que acabou com os famigerados episódios da Lota de Matosinhos. Em 2009, voltou a protagonizar uma guerra entre socialistas, dessa vez com Narciso Miranda. E em 2013, tudo o indica, haverá de novo guerra das rosas seja a dois ou a três. Falta apenas saber se Narciso prefere entrar directamente no confronto, ou se se somará, ainda que de modo implícito, ao apoio a Parada contra Guilherme.

(In Jornal de Noticias-9/2/12)